MORALIDADE

Textos com lições morais.




A menina viciada (em jogos da internet)

Era uma vez, uma menina chamada Ticha que era muito viciada no computador.
Depois das aulas, mesmo sem ter estudado, ela tinha sempre de perguntar:
-          Mãe , Posso ir ao computador?
A mãe dizia sempre:
- Filha, já sabes a regra: não há computadores aos dias da semana!
Mas ela ia às escondidas com um passinho manso, tipo ladrão, ver coisas no computador!
Todos os dias era a mesma coisa! Ticha nunca estudava. Estava sempre no computador.
Um dia, a professora de matemática fez um teste surpresa!
Que nota é que ela teve? UM ZERO BEM GRANDE.
Quando chegou a casa, a mãe perguntou-lhe :
- Filha, o que fizeste hoje?
- Nada… apenas um teste… - respondeu, hesitante.
- De matemática? – perguntou a mãe.
- Sim… Espera lá, como é que sabes? – questionou aflita.
- A tua professora ligou-me! – exclamou a mãe.
- E então? – indagou, aflita, Ticha.
- Que boa nota tiveste, minha filha! – disse a mãe com um tom irónico.
- Eu sei… Espera,  o quê!?! – respondeu Ticha, confusa.
- Estou muito zangada contigo! Já para o teu quarto! – mandou a mãe.
- Estou a ir, mãe… - disse a Ticha, envergonhada.
Mas, entretanto, ela ligou o computador e…. Sentiu tudo a andar à volta, à volta, à volta…Mas onde ela estaria agora???
Parecia que tinha entrado dentro do próprio computador, parecia que tinha entrado num site. Tinha entrado no mundo virtual! 
Mas, afinal, onde a Ticha foi parar? Pois bem, havia um blog que se chamava Sushi e falava dos jogos mais interessantes do mundo, mas que viciavam muito. E a menina era tão viciada que se transformou numa personagem de um desses jogos.
Pois agora a Ticha … Está PRESA no mundo virtual! Ainda para mais, é uma das personagens de um jogo em que inimigos correm atrás dela para a capturarem.
E agora como vai a Ticha sair de lá? Ninguém sabe… nem ela…
Que triste vidaL.
- Onde está a minha filha?! - gritava a mãe - A culpa foi minha. Nunca a devia ter posto de castigo… E agora? – pensava aflita e com um sentimento de culpa.
A mãe olhou para o computador e viu que estava ligado. Quando viu o site, com um jogo a decorrer, disse para si “O que é isto?” e começou a jogar.
Quando viu quem era a personagem, a mãe ficou paralisada. Era a sua própria filha!
- Mãe tens que jogar, e bem! – pediu a filha.
- Mas eu não sei jogar esta coisa! – respondeu a mãe aflita.
- Eu… Eu ensino-te! – exclamou a filha.
-Mas, filha … - a mãe foi interrompida pela Ticha.
-Mãe, já estou a ver os inimigos. Tenho de correr. Eles vêm atrás de mim! – gritou a filha desesperada! – Mãe, eu…. – já não conseguiu acabar a frase.
No ecrã aparecia a indicação “Game Over”.
- Não!!! – gritava a mãe, desesperada.
- MÃE, ainda estou viva, mas por pouco. Só tens mais “2 up” – esclareceu a Ticha, numa voz que vinha de dentro do próprio jogo.
- Ok!!! Ok!!! Mas então como se joga? – perguntou a mãe completamente desorientada mas mais aliviada por ouvir a voz da filha.
- É fácil. Tu consegues mãe. Para eu saltar, carregas na barra, para eu correr é nas setas e para eu dar socos aos inimigos é no Enter – indicou a filha, numa voz nervosa e aflita.
A mãe começou a jogar, de acordo com as instruções dadas pela filha. Estava nervosa. Mas era a sua filha que estava em jogo. Tinha de conseguir superar-se. Tentar ser uma mãe mais presente na vida da filha. E, eis que aconteceu o que poucos apostariam, se houvesse apostas online. Ganhou! A mãe conseguiu!
- Mãe, não acredito! Não sei como o fizeste, mas conseguiste! Consegui derrotar todos os meus inimigos! Tu conseguiste! Adoro-te mãe! És a minha heroína – dizia a filha, surpreendida e orgulhosa da sua mãe
- Sim, filha. Mas, agora como sais daí?!? – questionou a mãe.
- Mãe!!!! – exclamou assustada a filha.
-Filha!!! – exclamou, também, a mãe.
Começaram as duas a chorar. Como voltariam a estar juntas? De repente houve uma grande explosão. A mãe desmaiou e caiu da cadeira. Fez-se um silêncio. Quando a mãe acordou e se levantou, viu a sua filha com a cabeça em cima do teclado.
- Filha! Estás viva e de volta! – disse a mãe, abrançando a filha que entretanto acordara.
- Mãe, que se passou?  Não vou passar mais tanto tempo a jogar no computador. Há coisas mais importantes. Como passar mais tempo contigo e ouvir os teus conselhos! – concluiu a filha.

Freitas, Joana, 6ºG, outubro 2012

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